Senado
Projeto de lei 420/2012
Cerca de quatro meses e meio depois de ter sido apresentada, a proposta que pede a disponibilização de bula de remédio na internet, além de versões físicas em braile e com letras maiores, foi aprovada pelo Senado.
CAMINHO
De autoria do senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), o projeto teve de passar apenas pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde foi recebido em 21 de novembro do ano passado, um dia depois de sua apresentação.
Foi, então, quase um mês de espera pela definição de um relator, o que aconteceu em 18 de dezembro. O escolhido, senador João Vicente Claudino (PTB-PI), apresentou seu parecer três meses e meio após a data, no último dia 3 de abril.
Dois dias depois, foi definido que a apreciação do projeto seria realizada em 10 de abril, quarta-feira passada.
Na ocasião, Claudino não pôde comparecer. Por isso, o presidente da CAS, senador Waldemir Moka (PMDB-MS) escolheu designou o senador Paulo Davim (PV-RN) como relator ad hoc.
GLOSSÁRIO: Relator ad hoc é o senador escolhido para ler um parecer de projeto feito por outro parlamentar em razão da impossibilidade deste comparecer à comissão ou ao plenário.
Davim, teria, simplesmente de ler o relatório feito por Claudino para que ele fosse debatido pelos membros da comissão.
No texto, Claudino concordou com os argumentos de Rodrigues sobre a importância da proposta, e reforçou pontos favoráveis para sua aprovação.
“Se a linguagem da bula é de difícil compreensão, sua finalidade principal – prestar adequadas informações sobre o uso seguro do medicamento – fica prejudicada, o que pode colocar em risco a saúde do usuário”.
E complementou, lembrando o pedido de apresentar o conteúdo da bula na internet.
“A obrigação de disponibilizar a bula em sítio eletrônico também é importante, pois amplia a possibilidade de acesso às informações acerca do medicamento prescrito”.
VOTAÇÃO
O projeto foi aprovado por unanimidade, com 11 votos.
Eles foram de Paulo Paim (PT-RS), Ângela Portela (PT-RR), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Paulo Davim (PV-RN), Jayme Campos (DEM-MT), Eduardo Suplicy (PT-SP), Ana Rita (PT-ES), Cyro Miranda (PSDB-GO) e Armando Monteiro (PTB-PE).
Como o projeto é de caráter terminativo, ele não precisa passar por votação no plenário do Senado, indo direto para a Câmara dos Deputados.
A Subsecretaria de Coordenação Legislativa do Senado, que recebeu a proposta aprovada às 18h15 de quarta, é a responsável por encaminhar o texto para apreciação dos deputados federais.